ABSTRACT
A partir de um estudo retrospectivo constatou-se que 50 por cento dos pacientes internados no HD-UNESP foram diagnosticados como neuróticos. Buscou-se com o presente trabalho conhecer e analisar esses pacientes quanto à estabilidade diagnóstica. Obtiveram-se dados sócio-demográficos e dados médicos, incluindo os diagnósticos que foram reclassificados pelos critérios da CID-9, CID-10, DSM-III-R. Na reclassificação pela CID-9, 24 por cento dos pacientes tiveram seus diagnósticos alterados para: quadros orgânicos (9 por cento), esquizofrênicos (4 por cento) ou doenças afetivas (11 por cento). Utilizam-se a CID-10 e DSM-III-R metade (52 por cento) dos pacientes tiveram mudanças de diagóstico, sendo 38 por cento para doenças afetivas e o restante na mesma direção da CID-9. Notaram-se diferenças acentuadas entre a CID-9 e CID-10. Os dados são discutidos apontando possíveis conseqüências para os diagnósticos após a oficialização da CID-10, o que provavelmente levará a se encontrar uma freqüência maior de depressão maior em relação à neurose depressiva